1ª)
(ENEM 2015 - 1ª Aplicação) Tanto a febre amarela quanto a
dengue são doenças causadas por vírus do grupo dos arbovírus, pertencentes ao
gênero Flavivirus, existindo quatro
sorotipos para o vírus causador da dengue. A transmissão de ambas acontece por
meio da picada de mosquitos, como o Aedes
aegypti. Entretanto, embora compartilhem essas características, hoje
somente existe vacina, no Brasil, para a febre amarela e nenhuma vacina efetiva
para a dengue.
Ministério
da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de Normas Técnicas. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br. Acesso em 07/08/2012 (adaptado).
Esse
fato pode ser atribuído à
A)
maior taxa de mutação do vírus da febre amarela do que do vírus da dengue.
B)
alta variabilidade antigênica do vírus da dengue em relação ao vírus da febre
amarela.
C)
menor adaptação do vírus da dengue à população humana do que do vírus da febre
amarela.
D)
presença de dois tipos de ácidos nucleicos no vírus da dengue e somente um tipo
no vírus da febre amarela.
E)
baixa capacidade de indução da resposta imunológica pelo vírus da dengue em
relação ao da febre amarela.
Tema: Microbiologia
Tópico: Vírus
Gabarito: Letra B
Classicamente, um
antígeno é qualquer micro-organismo, ou molécula ou parte de uma molécula que é
reconhecida pelo sistema imune. Os antígenos são muito diversificados podendo
ser proteínas de um capsideo viral ou carboidratos presentes na membrana de um
protozoário. No antígeno existem determinados trechos, chamados epítopos, que são identificados pelos receptores gerados
somaticamente pelos linfócitos T e B. Cada tipo de micróbio possui sua
variedade de antígenos. Alguns vírus, como o da dengue, são capazes de mudar
rapidamente seu perfil antigênico e com isso escapar das tentativas de desenvolvimento de vacinas efetivas. Uma das explicações para essa
versatilidade, que o vírus da dengue possui em relação ao vírus da febre
amarela, ocorre por conta do genoma ser mais propenso a sofrer mutações ao
acaso (deriva genética) em genes codificantes de antígenos, criando novas
variantes menores que são suficientemente diferentes para escapar das respostas
imunes previamente geradas. A alta variabilidade
antigênica do vírus da dengue está associada às epidemias e é observada com o
isolamento dos sorotipos 1 (DENV-1), 2
(DENV-2), 3 (DENV-3) e 4 (DENV-4). Vacinas contra dengue devem ser testadas quanto à segurança e eficácia, imunizando contra os quatro sorotipos, sendo portanto uma vacina tetravalente.
2ª)
(ENEM 2015 - 1ª Aplicação) Algumas raças de cães domésticos
não conseguem copular entre si devido à grande diferença em seus tamanhos
corporais. Ainda assim, tal dificuldade reprodutiva não ocasiona a formação de
novas espécies (especiação).
Essa
especiação não ocorre devido ao(à)
A)
oscilação genética das raças.
B)
convergência adaptativa das raças.
C)
isolamento geográfico entre as raças.
D)
seleção natural que ocorre entre as raças.
E)
manutenção do fluxo gênico entre as raças.
Tema: Evolução
Tópico: Especiação
Gabarito: Letra E
Comentário
Príncipe Chiclete: um dócil dachshund |
Quando o ornitólogo alemão Ernst Mayr (1904-2005)
popularizou de forma simples e concisa o Conceito
Biológico de Espécie (CBE), passamos a ter um padrão de medida para inferir
quais populações no espaço e no tempo devem ser combinadas em um conjunto de
populações reprodutivamente coeso e quais devem ser deixadas de fora. "Espécie
é um grupo de populações cujos indivíduos, em condições naturais, são
potencialmente intercruzantes produzindo descendentes férteis, estando reprodutivamente
isolados de indivíduos de outras espécies". Ora, devido a uma incompatibilidade
anatômica, um cão fila brasileiro não acasala com um pequinês, ainda assim são
considerados de uma mesma espécie (Canis
familiaris). Mas acontece que o fila brasileiro pode cruzar com o golden retriever, o golden retriever
pode cruzar com o dachshund, e o dachshund pode cruzar com o pequinês.
Portanto, pode haver fluxo gênico entre o fila brasileiro e um pequinês, mesmo que
de modo indireto, já que os híbridos fazem uma "ponte" entre os
extremos. Agora, se as populações fossem impedidas
de trocar esses genes, ou seja, se as "pontes" que possibilitam o fluxo
gênico deixam de existir, as diferenças se acumulariam e os indivíduos das
diferentes populações se tornariam incapazes de combinar seus alelos ocasionando um isolamento reprodutivo, e as duas
populações passariam a ser consideradas espécies distintas.
3ª)
(ENEM 2015 - 1ª Aplicação) No mapa estão representados os
biomas brasileiros que, em função de suas características físicas e do modo de
ocupação do território, apresentam problemas ambientais distintos.
Nesse
sentido, o problema ambiental destacado no mapa indica
A)
desertificação das áreas afetadas.
B)
poluição dos rios temporários.
C)
queimadas dos remanescentes vegetais.
D)
desmatamentos das matas ciliares.
E)
contaminação das águas subterrâneas.
Tema: Ecologia
Tópico: Impactos
Ambientais
Gabarito: Letra A
A área do mapa em que ocorre o referido problema ambiental caracteriza-se por possuir um clima árido, semiárido e subúmido seco. As variações climáticas, juntamente com ações antrópicas, têm contribuído para que nessas áreas (região Nordeste e o Norte de Minas Gerais) ocorram degradação do solo; é a chamada desertificação. Os principais núcleos de desertificação estão em Gilbués (PI), Irauçuba (CE), Seridó (RN), Cabrobó (PE), Sertão do São Francisco (BA) e Cariris Velhos (PB). Atividades humanas como queimadas, pecuária extensiva (compactação do solo), exploração de madeira (produção de carvão), irrigação mal planejada (salinização do solo) e mineração, estão entre as principais causas da desertificação. Aliás, em Gilbués (parada obrigatória para quem vai de Teresina à Corrente - Piauí), a mineração de diamantes na década de 1940 contribuiu para o início do processo de desertificação, posteriormente o elevado desmatamento, a pecuária extensiva e as queimadas potencializaram a expansão desse processo.
4ª)
(ENEM 2015 - 1ª Aplicação) O formato das células de
organismos pluricelulares é extremamente variado. Existem células discoides,
como é o caso das hemácias, as que lembram uma estrela, como os neurônios, e
ainda algumas alongadas, como as musculares.
Em
um mesmo organismo, a diferenciação dessas células ocorre por
A)
produzirem mutações específicas.
B)
possuírem DNA mitocondrial diferentes.
C)
apresentarem conjunto de genes distintos.
D)
expressarem porções distintas do genoma.
E)
terem um número distinto de cromossomos.
Tema: Genética
Tópico: Diferenciação
Celular
Gabarito: Letra D
Comentário
O ciclo
5ª)
(ENEM 2015 - 1ª Aplicação) Normalmente, as células do
organismo humano realizam a respiração aeróbica, na qual o consumo de uma
molécula de glicose gera 38 moléculas de ATP. Contudo, em condições
anaeróbicas, o consumo de uma molécula de glicose pelas células é capaz de
gerar apenas duas moléculas de ATP.
Que
curva representa o perfil de consumo de glicose, para manutenção da homeostase
de uma célula que inicialmente está em uma condição anaeróbica e é submetida a
um aumento gradual da concentração de oxigênio?
A) 1
B) 2
C) 3
D) 4
E) 5
Tema: Citologia
Tópico: Metabolismo
Energético
Gabarito: Letra E
Comentário
O ciclo
Lyndon